Médio Tejo
Uma região, um jornal
O verão em Gavião está a encher as medidas de milhares de visitantes, muito graças à praia fluvial do Alamal e à nova piscina descoberta Eco Laguna – verdadeiros oásis neste concelho do Alto Alentejo e que fazem as delícias de miúdos e graúdos.
O presidente da Câmara, José Pio, refere que Gavião está “em altas” e que os agentes turísticos e de restauração estão a conseguir dar resposta. Além disso, os equipamentos culturais e monumentos estão também na mira dos visitantes, tendo o Castelo de Belver já atingido por esta altura as 10 mil entradas.
“Gavião está em altas. E o Alamal continua em altas, chegamos ao fim do mês de julho com grande adesão, está sempre cheio de gente. O estacionamento é uma dificuldade, as pessoas queixam-se, mas isso não conseguimos resolver”, referiu, lembrando que se trata de uma desvantagem pela orografia e localização daquele património que é imagem de marca do concelho há vários anos.
“Em termos de empresas de desportos náuticos, como restaurantes, as coisas estão a correr bastante bem, não há reclamações. A adesão das pessoas tem sido mais uma vez extraordinária”, sublinha José Pio, mostrando-se surpreendido pelo facto de, mesmo com a nova piscina descoberta, a Eco Laguna, o número de utentes do Alamal não quebrou, sendo que também a piscina descoberta está sempre cheia de utilizadores.
Também a afluência ao património cultural e aos núcleos museológicos do concelho tem sido muito grande. O Castelo de Belver ultrapassou este ano as 10 mil entradas, entendendo o presidente de Câmara que deverá ser a primeira vez que se atinge tal número.
Já a Casa das Artes, no centro da vila, tem deixado as pessoas “delirantes”, porque “não esperavam ver uma obra tão magnifica e bem concebida, e que permite que tenham uma perspetiva diferente da sua terra, e mesmo os visitantes saem dali encantados”.
A nível de restauração, o autarca reconhece que as coisas estão melhores, entendendo que os restaurantes estão a conseguir dar resposta aos visitantes, ainda que continue a ser difícil ao sábado, uma vez que muitos estão fechados. “Nos outros dias sinto que estão a conseguir dar resposta e não há a pressão tão grande do passado. A existência do glamping e o fornecimento de refeições diminuiu a pressão nos outros, sendo que também contribuem os dois restaurantes de Belver, além dos de Gavião e do bar/restaurante da Ribeira da Venda.
Quanto aos trilhos e passadiços, os percursos pedestres estão acessíveis, ainda que o PR8 – Rota da Sirga esteja a necessitar de intervenção após estragos causados pela intempérie de dezembro de 2022, a mesma que também provocou estragos ligeiros no passadiço em madeira do Alamal. Esses cerca de 100 metros finais do percurso, junto à ponte rodoviária de Belver, vão ser reparados brevemente pela Câmara Municipal.
“Não vamos aguardar, e estamos a intervir para que no início de agosto esteja reparado aquele troço, que tinha apenas algumas tábuas inclinadas”, notou.
Quanto à Rota da Sirga, o prolongamento do percurso do Alamal num percurso mais desafiante à beira-Tejo, será intervencionada após concurso público, recebendo a autarquia o apoio de 60% por parte do Governo, e estando integrada em candidatura no âmbito dos estragos causados pelas condições climatéricas adversas no final do ano passado. Foram candidatados 440 mil euros de estragos em diversos pontos, desde o muro do quartel dos bombeiros, um muro no Cadafaz, limpeza de valetas, a Rota da Sirga e os 100 metros do passadiço do Alamal.
Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza… também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.
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