Médio Tejo
Uma região, um jornal
A Avenida José Marcelino, uma das principais avenidas da vila de Gavião, já está a ser alvo de uma empreitada de requalificação e modernização e arranjo paisagístico, entre o cruzamento da Rua Dr. Eusébio Leão e o cruzamento da Rua São João de Deus, junto ao Miradouro de Nossa Senhora dos Remédios. A obra deverá decorrer por um prazo de 180 dias (seis meses) e representa um investimento de 161,971.80 euros + IVA.
Esta obra “pretende melhorar as condições de circulação pedonal e rodoviária na Avenida José Marcelino, assim como contribuir para a sua harmonização e integração no meio que a envolve, acrescentando valor ao espaço público”, pode ler-se no projeto de arquitetura.
Segundo informação do presidente de Câmara, José Pio, “serão substituídas as laranjeiras que ladeiam a avenida neste troço a ser intervencionado por outras árvores, e também será colocado mobiliário urbano com bancos coletivos e papeleiras, serão substituídos os candeeiros de iluminação pública por candeeiros mais modernos e mais adequados a este espaço da vila”.
Além disso haverá renovação da calçada existente, repavimentação da via e renovação do escoamento de água pluviais, uma vez que é habitual esta avenida ter problemas em períodos de muita chuva. Também junto dos passeios serão colocadas floreiras.
O autarca fala numa intervenção de requalificação e arranjo paisagístico, mas virada para a modernização do espaço público, adequando ao enquadramento do Cine-Teatro Francisco Ventura, bem como da Alameda 25 de Abril e do Jardim do Cruzeiro.
Contudo, a retirada de laranjeiras nos últimos dias levou a descontentamento de parte da população, especialmente a residente naquela zona da vila, que depressa recorreu às redes sociais para fazer notar a sua tristeza por serem removidas aquelas árvores, parte da memória de alguns gavionenses, nomeadamente aqueles que em tempo de escola, há várias décadas, contribuíram para a sua plantação.
Ao nosso jornal José Pio esclarece que “foram sinalizadas as laranjeiras cujo fruto era bom, e vão ser transplantadas para um terreno da Câmara. Ainda assim, dissemos ao encarregado da obra que se alguém se manifestasse com interesse, se oferecesse a árvore a essa pessoa”.
Segundo o projeto de arquitetura propõe-se a plantação de novas espécies arbóreas sendo mencionadas duas, Ginkgo biloba (nogueira-do-Japão) e Liriodendron tulipifera (tulipeiro ou árvore-lírio).
“Ao longo da avenida são propostos elementos arbóreos de arruamento, em caldeira, constituídos pelas espécies Ginkgo biloba e Liriodendron tulipifera. A vegetação é um elemento fundamental e de elevada importância na caracterização da paisagem urbana. A presença dos elementos arbóreos seleccionados contribui para o carácter do espaço público, provocando uma variedade de volumes, formas, cores e texturas. São também propostos equipamentos de mobiliário urbano, nomeadamente bancos colectivos e
papeleiras, de modo a proporcionar uma ocupação do espaço mais confortável e com possibilidade de descanso e permanência pontual.to alimentar final”, refere.
A Avenida José Marcelino prolonga-se no sentido contrário, do cruzamento junto aos estabelecimentos comerciais, até ao espaço ajardinado entre a Rua Nova do Jardim e Rua da Misericórdia, mas a autarquia não prevê ali investir e intervencionar para já, uma vez que o espaço foi recentemente requalificado. “Não fica de fora o arranjo. Aquela parte da avenida tem um arranjo muito recente, vamos intervir mas mais à frente”, notou José Pio.
Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza… também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.
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