Portugueses fogem do crédito ao consumo - Março 2024 - Economia e Finanças

Portugueses fogem do crédito ao consumo – Março 2024 – Economia e Finanças

maio 15, 2024
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Economia e Finanças
Depósitos a Prazo, IRS, Impostos, Simuladores, Segurança Social, Poupança, Finanças Pessoais, Legislação, Emprego, Orçamento do Estado, Calendários
As campanhas dos bancos a promover novas dívidas juntos dos consumidores são agressivas e vendem maravilhas, por outro lado, a perda de poder de compra dos últimos anos foi muito real para muitos mas a verdade é que, no saldo final, regista-se uma redução dos novos montantes de crédito ao consumo.
O Banco de Portugal divulgou os dados refentes à evolução dos contratos e dos montante dos novos contratos de crédito aos consumidores comparando março de 2024 com o mês imediatamente anterior mas também com março de 2023 (o mês homólogo). E uma conclusão que surge rapidamente da análise é a que colocámos no título, os portugueses estão a fugir do crédito ou, por outras palavras, estão a reduzir os montantes de crédito contratado junto dos bancos em quase todas as categorias de crédito ao consumo existentes. E isto é verdade para a comparação entre fevereiro e março de 2024 como é para a comparação entre março de 2023 e março de 2024.
Face ao mesmo mês de 2023, a redução dos montantes emprestados em novos créditos aos consumidores foi de 8,3%, ou seja, menos €62,2 milhões. Quando a comparação é entre os últimos dois meses a variação é muito menor mas, ainda assim negativa: -1,0%, ou seja, menos €6,7 milhões de novos créditos.
Concentrando-nos na variação homóloga – mais defendida de efeitos sazonais que possam existir nas necessidades de crédito dos consumidores -, a redução dos montantes de crédito foi especialmente forte no Crédito Pessoal destinado a “Outros Créditos Pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades)”. Foram menos €51,6 milhões, ou seja, uma queda de 14,9%.
Outra queda acima dos dois dígitos (-12,3%) ocorreu no Crédito Automóvel “com reserva de propriedade e outros: novos”. Menos €7,8 milhões.
Entre as restantes categorias prodominaram igualmente as reduções de crédito para novos contratos com duas exceções:
As taxas de juro das várias categorias de crédito continuam elevadas e é de todo recomendável (em particular quando o objetivo for o de financiar o consumo sem finalidade de gerar retorno), que os consumidores se refreem ao máximo de contrair dívidas e, com isso, ficarem amarrados a uma nova fonte de redução do seu rendimento via juros e comissões bancárias.
Em março de 2024 o conjunto dos novos contratos de todos os rtipos de crédito ao consumidor (sem habitação) totalizou €685 milhões. Um ano antes tinha totalizado €747,2 milhões.
Seja por prudência dos consumidores, seja por consequência da avaliação de risco dos próprios bancos (e incapacidade dos consumidores em honrarem os créditos face aos testes de stress), o certo é que o crédito ao consumo está mesmo em queda.
Eis a tabela global produzida pelo Banco de Portugal à qual juntámos a variação em euros para março /fevereiro de 2024 e para março 2024/março 2023.
 
(1) As facilidades de descoberto incluem apenas os contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto com prazo de reembolso superior a um mês.
(2) O montante de crédito refere-se ao limite máximo de crédito colocado à disposição do cliente (plafond) e não ao montante de crédito efetivamente utilizado.
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