Gavião | Museu dos Carros de Atrelar afinal não vai conter coleção da Quinta da Margalha - mediotejo.net

Gavião | Museu dos Carros de Atrelar afinal não vai conter coleção da Quinta da Margalha – mediotejo.net

junho 12, 2024
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Médio Tejo
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A coleção de cerca de 40 carros de atrelar da Quinta da Margalha afinal vai ficar de fora do Museu dos Carros de atrelar de Gavião, confirmou ao nosso jornal o presidente da Câmara Municipal. O projeto acaba assim por perder a essência inicial, pois iria servir de homenagem ao colecionador dos trens, coches e atrelagens José Vaz Raposo, e à família Pequito Rebelo, com grande peso no concelho de Gavião, e que era proprietária do antigo Seminário que está a ser transformado no novo museu.
Tal prende-se com a decisão do atual proprietário dos carros de atrelar, que terá feito um acordo verbal com a autarquia no sentido de ceder a coleção, ou parte, para este museu que seria de memória e homenagem à família, que iria até dar nome ao Museu de Arte e Atrelagem de Gavião.
A obra do futuro Museu de Arte e Atrelagem de Gavião está a requalificar o antigo Seminário, datado dos finais do século XIX e que foi residência da família Pequito Rebelo. Neste sentido estava previsto o museu albergar a coleção de carruagens e atrelagens de José Hipólito Raposo, que se encontram atualmente na Quinta da Margalha.
Trata-se de uma coleção inédita que o mediotejo.net visitou em 2021, que foi sendo mantida por José Hipólito Vaz Raposo, à qual foi acrescentando trens a outros que herdou do lado da mãe, da parte da família Pequito Rebelo.
A coleção que se encontra num espaço privado da Quinta da Margalha, corre o risco de vir a perder-se sem adequada preservação e sem valorização, sendo que há vários anos a autarquia, até com anteriores executivos, tentava que a coleção se tornasse visitável ao público num espaço adequado.
O presidente de Câmara, José Pio, admitiu “alguma tristeza” pelo facto, mas referiu que já existiu adaptação ao projeto, tendo sido feita uma parceria com o Museu Nacional dos Coches para garantir uma mostra de uma coleção de grande valor patrimonial de cerca de 20 carros de atrelar, vindos de Montemor-o-Novo.
Ainda assim, admite o edil gavionense, “é pena, pois os carros da Quinta da Margalha iriam com certeza dizer muito mais às gentes de Gavião”. José Pio diz que tentou por várias vezes encontrar uma solução para a cedência dos trens, mas que não foi possível chegar a acordo com o proprietário.
Sabe-se que outros elementos da família estarão contra esta decisão do atual proprietário, que apesar de o acordo ter sido feito verbalmente e nunca por escrito, decidiu voltar atrás com a palavra. Entretanto terá aparecido uma intenção de ceder dois carros de atrelar para o museu e foi pedida uma reunião na Câmara Municipal pela família.
O novo museu de Gavião deverá ser inaugurado no âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, não querendo o presidente de Câmara avançar já uma data concreta, mas indicando que a obra está “em velocidade de cruzeiro, com muitas subempreitadas a serem levadas a cabo”, tendo sido estas e a falta de mão de obra as principais razões para o arrastar do prazo de execução da obra, que estava previsto ter sido concluída ainda em 2022, mas com pedidos de prorrogação por parte do empreiteiro.
A empreitada tem sido acompanhada muito de perto pelo arquiteto portalegrense Carrilho da Graça, que tem mantido “bastante exigência” quer na construção, quer na escolha de materiais, havendo abertura do empreiteiro em corresponder ao solicitado no âmbito do projeto. Pelo rigor e empenho do projeto arquitetónico, José Pio disse não colocar de lado a hipótese de o novo museu poder vir a ser premiado nacional e/ou internacionalmente.
“Julgo que será um espaço que vai orgulhar os gavionenses, e será mais um local para atrair visitantes ao concelho. Além da requalificação de um espaço histórico como era o antigo Seminário e que é agora devolvido à comunidade numa nova função cultural”, admitiu.
O museu, além de ser dedicado à atrelagem e exemplares históricos de veículos de tração animal, também conterá outras coleções de arte. Trata-se de um investimento a rondar 1,5 milhões de euros, com a empreitada a ser levada a cabo pela empresa 4MB.
Refira-se que o antigo Seminário de Gavião, situado no Largo do Município, de frente ao edifício dos Paços do Concelho, foi adquirido pela autarquia por cerca de 200 mil euros, não só para recuperação e conversão neste novo museu, mas também para que, no antigo pátio, pudesse ter sido construída a incubadora de empresas da vila e suas oficinas, além de um pequeno anfiteatro ao ar livre, integrando a estratégia de regeneração urbana do centro histórico.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza… também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.
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