Médio Tejo
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A Câmara Municipal de Gavião tem a decorrer uma alienação em hasta pública de um prédio rústico de 17,65 hectares no Vale da Atalaia, na União de Freguesias de Gavião e Atalaia, com vista a instalação de investimentos industriais. Devem instalar-se três ou mais fábricas que garantam no mínimo 15 postos de trabalho diretos cada, dando preferência a trabalhadores do concelho no recrutamento. O preço base é de 175 mil euros e as propostas devem ser entregues até dia 1 de março.
O município tem anunciado alguns novos investimentos para a zona industrial de Gavião, e já havia assumido que tem havido procura superior à oferta disponível. Em cima da mesa tem estado não só a uma melhor gestão e rentabilização dos loteamentos industriais existentes, mas também a criação de uma nova zona industrial para fazer face à procura, uma vez que os empresários têm estado de olhos postos no concelho e haverá investidor interessado em fixar-se em Gavião, precisando de loteamento para tal.
O Município tem reafirmado ao longo dos últimos anos a necessidade de construir uma nova zona industrial, sendo que em 2022 foi inclusive aprovada a proposta de aquisição do prédio rústico de 18 hectares, em Atalaia, junto à Estrada Nacional 118, para esse fim.
Refira-se que o concelho conta atualmente com duas zonas industriais, em Comenda e no Gavião, com acessibilidade e ligação a todo o país pela proximidade de vias estratégicas, caso da A23, do IP2 e com rápidas ligações com a Europa devido à curta distância da fronteira com Espanha.
Quanto ao terreno em causa nesta hasta pública, trata-se de uma área com “parcela estéril, pinhal, oliveiras, sobreiros, olival e cultura arvense de charneca”, sendo que entre os requisitos consta ainda a proibição de instalação de ramo de atividade/serviço que opere produtos insalubres, incómodos, perigosos ou tóxicos, segundo o programa de procedimento da hasta pública nº01/2024.
O objetivo passa por atrair novos investimentos que conduzam ao desenvolvimento económico do concelho, proporcionando diversificação do tecido empresarial, mas que também permita criação de emprego e reforce a capacidade de fixação de população. A autarquia pretende que os investimentos se instalem em curto prazo e a sua operação seja projetada para médio/longo prazo.
As fábricas que se instalem neste terreno devem ser de diferentes ramos de atividade, e estipula o programa de procedimento que a primeira fábrica deve apresentar o projeto de construção num prazo de 2 anos, tendo mais dois anos para conclusão das construções previstas após aprovação do projeto pela Câmara Municipal. Já as restantes indústrias têm um prazo máximo estabelecido de seis anos no total.
Acontece que tal só irá contar a partir da data em que a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gavião esteja concluída e aprovada, no sentido de viabilizar a implementação da zona industrial no Vale da Atalaia. É competência da autarquia decidir a reversão de algum dos casos, sendo condição que em caso de “inviabilização de implementação de zona industrial a Câmara Municipal deve proceder à restituição do valor de alienação do prédio”.
O preço base de licitação é de 175 mil euros, e cada lanço terá um mínimo de 5 mil euros na licitação verbal desta hasta pública.
As propostas deverão ser entregues até dia 1 de março, às 17h00. O ato público de leitura e abertura de propostas realiza-se no dia 8 de março, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gavião.
Mais informações no site da Câmara Municipal de Gavião.
Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza… também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.
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