“Ano difícil favoreceu tese do crowdfunding”, diz CEO do Kria; plataforma está prestes a estrear o seu mercado secundário com startup de impacto - Finsiders Brasil

“Ano difícil favoreceu tese do crowdfunding”, diz CEO do Kria; plataforma está prestes a estrear o seu mercado secundário com startup de impacto – Finsiders Brasil

julho 9, 2024
0 Comentários

Início Reportagens exclusivas
Reportagens Exclusivas

“Este tem sido um ano difícil, mas a escassez de recursos favoreceu a tese do crowdfunding”. A opinião é de Camila Nasser, CEO do Kria – uma das primeiras plataformas de financiamento coletivo a startups do Brasil. “Antes estava mais difícil ser investidor do que empreendedor, agora inverteu, estamos vendo um ‘deal flow’ de empresas muito qualificadas”.
Um exemplo recente citado pela CEO é o da positiv.a, marca de produtos de limpeza e autocuidado ecológicos, que abriu a sua rodada de equity crowdfunding no Kria em setembro mirando captar R$ 9 milhões, a um valuation de R$ 45 milhões. Segundo Camila, esta é a maior rodada já levantada em crowdfunding. A empresa fatura R$ 15 milhões e os recursos levantados serão usados para integração e transformação da fábrica, vendas recorrentes, aquisição e comunidade, inovação e evolução do portfólio e capital de giro. “Superamos 70% da meta em uma semana, e podemos chegar a R$ 11 milhões até o fechamento, em novembro”.
Lançado em 2014, o Kria está agora prestes a estrear o seu mercado secundário, o crowdmarket: “Estamos selecionado a startup dentro do nosso portfolio, em breve anunciaremos o nome. Só posso dizer que será do segmento de impacto social”, adianta. Segundo Camila, no entanto, não será a positiv.a.

ESPECIAL
G10 Bank, F Bank e Conta Black desenvolvem soluções financeiras para atender as necessidades de moradores das comunidades pelo país

ESPECIAL
Mesmo com o movimento de R$ 200 bilhões por ano nas comunidades brasileiras, população ainda enfrenta barreiras de acesso a produtos
A Resolução nº 88 da CVM , de julho do ano passado, atualizou a legislação das plataformas de crowdfunding, permitindo, por exemplo, que atuem como intermediadores de transações de compra e venda de valores mobiliários já emitidos publicamente pelas empresas que já tenham realizado ao menos uma oferta pública de distribuição no ambiente da plataforma.
A executiva explica que o lançamento do crowdmarket tem como objetivo proteger as empresas de oscilações de mercado, em um ambiente mais controlado, mas sem visar a formação de preços. “Com o mercado de negociação secundária, muda o paradigma da liquidez no mercado de startups, o investidor que investe hoje consegue listar seu investimento”.
Toda empresa que já está na plataforma poderá entrar – Camila diz que já passaram mais de 100 negócios pelo Kria, dos quais 14 já saíram, com retornos que superaram 10 vezes o investimento em seis anos, em alguns casos.
Ela cita três perfis de investidores que podem se beneficiar do mercado secundário: os que entraram cedo e querem encurtar ciclo; compradores que “perderam o bonde” do lançamento e querem entrar agora; e investidores que entraram no lançamento e queiram aumentar a participação.
Segundo Camila, a diferença do crowdmarket do Kria em relação aos projetos desenvolvidos dentro do SandBox da CVM pela BEE4 e SMU, por exemplo, é uma maior liberdade de estruturação, já que nessas iniciativas oficiais o valor das empresas pode acabar sendo determinado por fatores exógenos. “Na nossa bolsa, as oscilações serão limitadas, as empresas serão mais protegidas” contra especulações.
O mercado secundário é a terceira vertical explorada pelo Kria. A segunda foi a KRS, plataforma de “equity crowdfunding as a service” que nasceu em 2021. Os sócios perceberam que podiam lucrar com sua experiência e, ao mesmo tempo, fomentar o desenvolvimento do mercado oferecendo infraestrutura tecnológica para novos entrantes.
“Quando começamos, ainda com o nome Broota, precisamos ‘cortar mato’, o mundo era muito diferente. Dois anos depois, em 2016, ainda existiam só 16 plataformas de crowdfunding no Brasil. Hoje são mais de 600 – e 15% delas estão na nossa comunidade “.
A KRS cobra uma mensalidade fixa ou mensalidade mais uma taxa de performance para “compartilhar nossa infraestrutura robusta, governança e estrutura jurídica”. Hoje, Camila acredita que o potencial de escala do Kria está, exatamente, no sucesso da KRS.
Ver mais
UM CLIQUE
Fintechs testam mecanismo que permite transferências automáticas entre contas de mesma titularidade com uma só autorização

ECOSSISTEMA
O Banco Central (BC) também ampliou o escopo de participantes obrigatórios no Open Finance e criou a estrutura definitiva de governança

CONCORRÊNCIA
Sem citar nomes, o diretor do BC Otávio Damaso citou cases de sucesso Open Finance. Um”incumbente” disse que engordou sua carteira de crédito em R$ 1 bilhão só com a portabilidade

LICENÇA
Até então, a fintech para PMEs tinha uma licença de Sociedade de Crédito Direto (SCD), que só pode operar com recursos próprios

ESPECIAL
Mesmo com o movimento de R$ 200 bilhões por ano nas comunidades brasileiras, população ainda enfrenta barreiras de acesso a produtos
Ver mais
TECNOLOGIA
Com trio de ferramentas de inteligência artificial (IA), empresa de software prevê triplicar receita neste ano
Ver mais
PAGAMENTOS
De acordo com o CEO da fintech, Felipe Ayres, existe um potencial “gigantesco” para avançar nessa estratégia
Ver mais
TECNOLOGIA
Thiago Suzano vê oportunidades, mas também desafios, em combinar ‘cloud’ com microsserviços, APIs e inteligência artificial
Ver mais
ESTRATÉGIA
Ao perseguir o sonho de ser a principal fintech de crédito para startups do Brasil, empresa desbravou o mercado de análise de receitas recorrentes
Ver mais
NEGÓCIOS
Há cerca de dois anos, a Accesstage também entrou em crédito, conectando empresas a uma base de mais de 110 instituições financeiras
Ver mais
PAGAMENTOS
A estratégia é facilitada pela Paytime, que já processa 0,25% das transações com cartões no país, e se prepara para o próximo passo: ser vendida
Finsiders Brasil é fruto da união entre os portais de notícias Finsiders e Fintechs Brasil. Em 2024, a plataforma se consolida como a melhor e principal fonte de informação sobre o mercado de fintechs no Brasil, com reportagens exclusivas, análises e tendências. Nossa audiência qualificada é composta por fundadores, investidores, executivos de instituições financeiras, gestores de venture capital e representantes de órgãos reguladores.
Finsiders Brasil © 2024 Todos os direitos reservados.
Cookies e Privacidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você está ciente dessa funcionalidade. e

source

@2023 - Todos direitos reservados. Conexão Automotiva | DriveWeb