Há cerca de 15 anos, a família Borralho vivia no Chiado, em plena Baixa de Lisboa. E a vida seguia na agitação “divertida” da capital, apesar de morarem num apartamento sem garagem e sem elevador. Mas o que futuro lhes reservava não cabia naquelas quatro paredes. Foi aos 40 anos, a pensar no futuro da filha que vinha a caminho e dos outros filhos que queria ter, que José Borralho, CEO da Escolha do Consumidor, decidiu mudar-se para a Ericeira, onde comprou uma moradia com cinco quartos, espaço exterior, perto do mar, da vida local e de Lisboa. “A Ericeira é o melhor dos mundos para nós”, resume em declarações ao idealista/news.
A vila da Ericeira – localizada a cerca de 50 km de Lisboa – acabou, assim, por preencher as medidas à família Borralho para iniciar uma nova vida. “Temos o mar, que adoramos, e tem um ambiente muito dinâmico e particular na vivência entre locais e estrangeiros. Hoje, a vila possui todas as infraestruturas que uma família necessita – como supermercados, espaços recreativos, restauração variada ou escolas -, com a vantagem de podermos estar em Lisboa em 45 minutos”, explica ainda o gestor.
“Viver na Ericeira é um sentimento de estar permanentemente de férias”, José Borralho, CEO da Escolha do Consumidor
Também Sofia Oliveira e Nuno Santos (nomes fictícios) – ela profissional de saúde e ele engenheiro informático – trocaram o centro de Leiria pela Ericeira, onde arrendaram um apartamento. A mudança ocorreu durante a pandemia, e confessam “que trouxe alguns constrangimentos, mas também uma melhor qualidade de vida”. Isto porque, na sua visão, “a Ericeira é um sítio ideal para quem quer viver perto do mar e ao mesmo tempo estar próximo de Lisboa”. Hoje, tal como contaram ao idealista/news, adoram viver junto à praia, destacando também os “ótimos acessos a diferentes serviços como supermercados, saúde ou educação”. Mas viver num destino de férias também tem os seus contras: “Por ser um destino turístico muito chamativo e ligado ao surf acaba por, em certas alturas, trazer mais agitação e aumento dos preços”, apontam.
A tendência de maior procura de quem quer trocar o ritmo frenético das cidades pela Ericeira é confirmada por Ricardo Isidoro, diretor geral do Grupo das Casas, que possui uma imobiliária local, A Casa das Casas – Ericeira Real Estate. “Tanto estrangeiros como portugueses veem hoje a Ericeira como um sítio para morar. No caso dos portugueses, são em grande parte pessoas que querem sair das grandes áreas metropolitanas e também alguns trocam a linha de Lisboa-Cascais por esta zona. É positivo ver esta mudança, uma vez que traz mais crianças e jovens à vila e, por conseguinte, mais vida e dinamismo”, destaca.
Quem escolhe viver na Ericeira encontra “uma energia incrível, segurança, paz e tranquilidade, quer no centro da vila quer na encosta recortada que poucos sítios proporcionam, enquanto oferece atividade o ano todo”, argumenta Ricardo Isidoro. Hoje, “a Ericeira tem uma vasta oferta de serviços e opções de lazer, como desportos náuticos (além do surf), yoga, trilhos, ótimas zonas para passeios de bicicleta, que atraem a população para viver aqui, usufruindo de um ambiente urbano, mas sem perder a mística de uma pequena vila piscatória”, onde saltam à vista as casas brancas e azuis sobre o mar, tal como conta ainda este especialista imobiliário ao idealista/news.
A Ericeira tem vindo, assim, a ser cada vez mais procurada para viver por famílias portuguesas e estrangeiras, que buscam um equilibro entre a tranquilidade da natureza e o dinamismo urbano. Claro está que o facto de a vila piscatória ser reconhecida como a Reserva Mundial do Surf tem contribuído para estimular esta tendência, tal como noticiou o idealista/news. Agora, “agora muitos surfistas mudam-se em definitivo com as suas famílias [para a Ericeira] e ‘passam a palavra’ a amigos que acabam também por fazê-lo”, comenta. Muitos resolvem mesmo reabilitar casas antigas e trazer os seus negócios para a vila.
Além disso, “devido ao surf, a fama desta vila chegou aos nómadas digitais, que podem trabalhar remotamente, e é este novo tipo de residente que vemos mais nos últimos anos. Felizmente estas experiências trazem famílias, renovando as gerações da vila”, destaca ainda Ricardo Isidoro.
Estas famílias que chegam de norte a sul de Portugal, bem como dos quatro cantos do mundo, para viver na Ericeira ajudam a impulsionar o desenvolvimento da sua malha urbana, dos serviços e estimulam a criação de emprego e a economia. “A Ericeira sabe adaptar-se e manter-se irreverente e inovadora, crescendo de forma ordenada e sustentada, com o cuidado de conservar a sua essência. No desenvolvimento urbano temos um equilíbrio. O crescimento deu-se nos arredores do centro, com urbanizações discretas habitadas todo o ano e não apenas no período de férias ou fins de semana”, acrescenta o diretor geral do Grupo das Casas.
Há, portanto, mais investimento imobiliário na Ericeira, o que tem sido “uma mais-valia no centro da vila, visto existirem vários imóveis abandonados ou degradados a terem grandes investimentos, dando assim gosto de passear pelas suas ruas”, diz Ricardo Isidoro. Por exemplo, a maior necessidade de ter Alojamento Local para albergar turistas ajudou a impulsionar um “grande investimento na reabilitação urbana, o que é positivo”.
Este dinamismo urbano também estimulou um crescimento equilibrado do comércio local e de vários serviços – ligados ao surf e ao turismo, mas não só -, o que ajudou a aumentar a oferta de emprego nesta vila situada no concelho de Mafra. “Um dos casos mais concretos são os supermercados: há 12 anos existia na Ericeira apenas a presença de um supermercado grande, hoje existem seis. Ao nível hoteleiro houve também um grande desenvolvimento, assim como na restauração e no imobiliário”, refere José Borralho, que vive na Ericeira há 14 anos.
A maior dinamização da Ericeira estimulada pela chegada de novos moradores portugueses e estrangeiros tem o outro lado da moeda: os preços das casas à venda têm vindo a subir – e muito – nos últimos anos, em linha com a tendência registada a nível nacional. Tal como noticiou o idealista/news em julho, comprar um apartamento na Ericeira custava 3.322 euros por metro quadrado (euros/m2) no segundo trimestre de 2023, mais 11% face ao período homólogo e mais 70% face ao mesmo trimestre de 2019. Também as moradias ficaram mais caras ao longo dos últimos anos (preços quase duplicaram face a 2019), custando em termos medianos 687 mil euros entre abril e junho.
Esta subida de preços tem sido sentida pelas famílias que escolhem viver na Ericeira – cada uma à sua maneira. O CEO da Escolha do Consumidor diz que o preço das casas foi um dos fatores “fundamentais” na hora de decidir mudar para a vila, a par da localização, até porque “quem compra uma propriedade na Ericeira tem de pensar sempre nela como um investimento”. “Quando vendemos a nossa primeira casa na Ericeira, creio que foi a primeira vez que conseguimos fazer umas boas mais-valias na venda de uma casa”, indica José Borralho.
Já Sofia Oliveira e Nuno Santos admitem que, “apesar de adorarem viver na Ericeira”, a sua situação financeira não permite comprar ou construir casa na vila, ou nas imediações, sobretudo num momento de subida de juros, menor poder de compra por causa da inflação, elevados preços das casas e incertezas perante o futuro. Por isso mesmo, decidiram avançar para a construção de casa a cerca de 20 km da Ericeira, admitindo que, ainda assim, o processo de crédito habitação para construção tem sido “um grande desafio”. “Optámos por uma região próxima de forma a conseguirmos continuar a aproveitar o melhor que o litoral oeste tem para dar”, partilham.
A verdade é que o grande apetite por viver na Ericeira tem também estimulado a construção de casas novas, de forma a aumentar a oferta. “Os novos projetos permitem não só dar resposta à procura que se gerou ao longo dos últimos anos, como elevar os padrões de qualidade do que se constrói na Ericeira. Muitos clientes, não só estrangeiros, já procuram especificamente casas novas, que oferecem outras garantias, qualidade e conforto. Estas casas vendem-se rapidamente ainda em planta, tal é a procura”, destaca Ricardo Isidoro.
O desequilíbrio entre a procura e a oferta de habitações para morar existe. E os preços das casas estão elevados. Mas “para comprar ou arrendar casa na Ericeira temos de ter que conta que, por ser uma zona com uma beleza natural incrível e junto ao litoral, traz com isso muita procura pelas suas propriedades. Ainda assim, que tiver esse poder de compra, é o sítio ideal para viver e que continua em constante evolução”, concluem Sofia Oliveira e Luís Santos.
“Há que perceber que a Ericeira não pode apenas ser entendida como a vila em si, mas os seus arredores. Há localidades a poucos km da Ericeira (5/10 minutos) com excelente oferta e uma qualidade de vida incrível. Além disso, a Ericeira é um investimento seguro que hoje se pode fazer, porque está a valorizar há muitos anos”, aponta ainda José Borralho. Na sua opinião, “a presença da praia e do mar, a autenticidade de uma vila piscatória, a genuinidade das suas gentes, a multiculturalidade pela frequência dos estrangeiros que a habitam e a proximidade a Lisboa, fazem da Ericeira uma terra única”. Afinal, “a Ericeira tem tudo para uma família ser feliz”, conclui o diretor geral do grupo das Casas.
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